© 2005 - Erik Reis


Nada sou, nada fui. Nada simplesmente.
Carrego por ilusão, minha criatura nómada e estranha
Cruzo trilhos, beijo encruzilhadas
Moro no infinito utópico

Fora disto, nada vejo, nada encontro
Murcho na haste móbil e só
Entre caminhos nus, pálidos e sombrios
Piso poças e lamelas de repugnância

Meu olhar parado e fugidio, vejo
Sombras tatuadas na margem da minha insignificância
Deambulo pela ambiguidade da dor
Obscuridade mesquinha e contínua

Sombras de vida e de pensamento
Sombras de morte e de sentimento.

M de Ó

P.s. Obrigada pelo poema ;)