sexta-feira, fevereiro 29, 2008



Cor de pele ainda é gozada nas escolas

Um em cada dois alunos portugueses diz que os colegas de escola são gozados pela roupa que usam e 36 por cento por diferenças na aparência física, como o peso, segundo um estudo do Bristish Council.
O estudo sobre a forma como os alunos vêem a escola, que é apresentado hoje no Parlamento Europeu, indica ainda que a cor da pele e a diferença de sotaque são motivo de gozo para 31 por cento dos inquiridos em Portugal, a par com a deficiência.
Na média dos sete países da europeus onde se fez o estudo - Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Itália, Portugal e Reino Unido - as diferenças físicas são o principal factor de humilhação (39 por cento), seguindo-se as deficiências (34), sendo que a cor da pele e a indumentária surgem em terceiro lugar, com 30 por cento.
A raça surge em Portugal como motivo de gozo para 28 por cento dos inquiridos, pouco acima da média (27 por cento).A maioria dos jovens portugueses (35 por cento) respondeu ainda se sente feliz na escola, contra 4 por cento que se dizem infelizes.
Em relação à integração de estudantes com diferentes origens, a maioria dos portugueses gostaria que houvesse tempo para falar das diferentes culturas.
in, Jornal de Notícias de 29-02-2008

É o que eu digo, quando argumentam, que filhos de familias homoparentais, sofrem ou vão sofrer muito na escola. Para mim um péssimo argumento, de quem é a favor da não adopção de crianças por parte de homossexuais.
Toda a exclusão/ discriminação é exterior, é o meio, a sociedade, que a produz e esta não pode invalidar, nem ser argumento à limitação de um direito.O direito de ser mãe ou pai.E mais, o direito de uma criança ser amada e educada por quem os deseja.
Seguindo o mesmo raciocínio, crianças de cor não deveriam ir à escola, só crianças com peso " equilibrado" poderiam ir à escola, só crianças com pais ricos para lhes dar roupas e telemóveis aos 10 anos, poderiam ir à escola...porque coitadinhas, são descriminadas...
Desculpas de discriminação, não podem ser motivo de ainda maior exclusão e discriminação! Há 20 anos, filhos de pais divorciados também sofriam muito preconceito e hoje? Quem se lembra disso?
Julgo, que o caminho é mostrar as diferenças, educar para e valorizar a diversidade, e se hoje, ainda muitas crianças, "gozam" com a diferença, um dia ela será encarada como normal e na melhor das hipoteses, enriquecedora.